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Alte, joia rara perdida nas colinas do Algarve - a descobrir
Podemos dizer que atrações turísticas são o que não falta no Algarve. A beleza natural da região todos os
anos atrai milhões de visitantes até à sua costa dourada e oferece alguns dos melhores equipamentos do mundo para o lazer e a prática desportiva. Mas, apesar dos bem promovidos eventos e resorts turísticos, o Algarve esconde muitos segredos do turista normal.
Alte, Loulé
Alte é uma típica aldeia Algarvia, aninhada no sopé da Serra do Caldeirão, a este de São Bartolomeu de Messines. Em linha reta, Alte fica a menos de 30 quilómetros para o interior do famoso destino turístico de Vilamoura, mas esta calma aldeia não tem nada a ver com a agitada marina de Vilamoura, com os seus hotéis de cinco estrelas ou com a sua vibrante vida noturna. Bem conhecida dos portugueses pelas suas águas minerais, Alte consta de facto em alguns dos melhores Guias Turísticos sobre o Algarve, mas, ficando longe dos roteiros mais habituais, é, infelizmente, desconhecida de muitos turistas.
Se chegar a Alte vindo de este ou de oeste, irá encontrar-se numa estrada principal que serpenteia à volta do labirinto de ruas pavimentadas em calçada portuguesa com casas caiadas de branco e as tradicionais chaminés artesanais. A pitoresca igreja da aldeia, a Igreja Matriz de Alte (Igreja da Nossa Senhora da Assunção), fica no centro da aldeia, rodeada de vários cafés e pequenos restaurantes. As vistas da aldeia, para um horizonte pleno paisagem rural imaculada, só podem ser descritas como de cortar a respiração.
Em tempos, Alte dependeu exclusivamente dos lucros obtidos através da produção agrícola. Atualmente procura tirar maior partido da sua oferta turística, mas de uma forma muito discreta. As lojas que vendem artesanato, cerâmica e produtos locais como o azeite e o mel estão cheias do charme desta tradicional aldeia Algarvia.
Mesmo vivendo no Algarve, um passeio por Alte quase que o obrigará a fazer tudo o que um turista normalmente faz. Há muitos cafés maravilhosos, mas se gosta de bolos... Auga Mel é sem dúvida a melhor pastelaria da região. Mesmo ao lado, o Café Regional é uma caverna de Aladino cheia da doçaria local, disfarçada de simples café. Não se limite a passar por ele; entre e veja com os seus próprios olhos, ficará espantado.
Todas as terceiras quintas-feiras do mês é dia de feira em Alte. É um mercadozinho fantástico. As bancas perfilam-se ruas afora com vários produtos à venda: acessórios em couro, árvores de fruto, ervas aromáticas, atoalhados de mesa tradicionais, além de frutas e legumes deliciosamente frescos. A atmosfera é ainda mais típica graças aos locais e aos visitantes que, à beira da estrada, comem frango no churrasco acabadinho de assar pelos vendedores de rua.
As Fontes
Siga as tabuletas que lhe indicam o caminho das Fontes, na ponta oeste da aldeia, e irá descobrir a verdadeira jóia da coroa. As Fontes estão mergulhadas em história. Durante séculos, Fonte Pequena e Fonte Grande foram o ponto de encontro das mulheres da aldeia. Elas vinham encher os seus canteiros com água, lavar a roupa e, claro, cuscar e comentar a vida dos habitantes.
Quem atravessa a ponte estreita por sobre o rio muitas vezes vê os moradores locais encher garrafas com a água fresca da nascente. O aviso de que a água não é testada e que, portanto, é imprópria para consumo é um sinal dos tempos. Mas os habitantes locais bebem dessa
água há séculos e não me parece que se tenham dado mal com ela. Um desses moradores locais foi o poeta e advogado português Cândido Guerreiro. Nascido em Alte em 1871, Guerreiro viveu até aos 82 anos e foi enterrando no cemitério da aldeia. Sem dúvida que Cândido Guerreiro foi buscar muita da sua inspiração à sua terra natal. É aqui em Alte, na Estalagem da Fonte Pequena, que se pode ler uma homeagem ao poeta sob a forma de retrato em azulejo e excertos dos seus poemas, incluindo um dos seus mais conhecidos:
“Porque nasci ao pé de quatro montes
Por onde as águas passam a cantar
As canções dos moinhos e das fontes,
Ensinaram-me as águas a falar.”
O caminho que vai de Fonte Pequena à Fonte Grande é um belíssimo e calmo passeio, tal como as margens verdejantes do rio são o lugar ideal para um piquenique, uma leitura sossegada ou simplesmente para se sentar descontraidamente e refletir sobre a qualidade de vida que o Algarve lhe oferece.
Como ir até Alte
A aldeia fica perto da N124, que sai de Portimão em direção a este através de Silves, quase na fronteira com Espanha. Alte fica entre Messines e Salir e está bem sinalizada para quem vem de ambas as localidades.