Salir: iluminação na algarvia Serra do Caldeirão

Numa área de grande beleza natural como no Algarve, não necessita de viajar para longe para ter uma vista de tirar o folego, uma paisagem magnífica, uma praia deslumbrante ou uma aldeia pitoresca

Quanto à origem desta antiga aldeia, só nos resta adivinhar. Acredita-se que em tempos foi habitada pelos celtas e possivelmente os romanos também, mas existe pouca evidência para apoiar qualquer destas teorias. Temos prova que foi ocupada pelos mouros no século 12; construíram o Castelo de Salir para protegerem o sul do Algarve contra a reconquista cristã.

Infelizmente, uma torre e duas partes de um muro é só o que resta deste castelo mouro. Em contraste com o antigo edifício em pedra, um pequeno museu de estilo contemporâneo foi construído ao lado da ruína. Existe um piso em vidro através do qual os visitantes podem observar os restos do castelo. 

Festa da Espiga

Uma aldeia algarvia não estaria completa sem uma igreja, e Salir não é excepção. A Igreja de Salir está orgulhosamente no centro da praça principal – o centro da aldeia e o coração do festival anual – a Festa da Espiga.

Como todos sabemos, uma “Espiga” é um arranjo de espigas de trigo (ou outro cereal) simbolizando a abundância, misturada com papoilas, rosas, margaridas e malmequeres mostrando a beleza do campo, atado juntamente com um ramo de oliveira para representar a paz. E costume os aldeões pendurarem uma “Espiga” em casa até ao ano seguinte, e depois substituí-la com outra.

Esta celebração tradicional ocorre 40 dias depois da Páscoa na Festa da Assunção. Os portugueses são conhecidos pelo seu gosto da música, dança, comida e brincadeiras, e a Festa da Espiga é o maior exemplo em como esta nação amorosa utiliza qualquer motivo para fazerem uma festa – veja o vídeo!

A comunidade budista de Salir

Na maioria do ano, Salir de hoje é um oásis branco, sossegado e calmo, de casas tradicionais, situada na verdejante Serra do Caldeirão, que por sua vez mantem uma agradável surpresa.

A este da aldeia na N124, uma placa aponta para norte para o Moinho do Malhão. Tome a estrada até ao cruzamento e procure outra placa sinalizando a entrada do Humkara Dzong, uma comunidade Tibetana Budista. A estrada irregular leva-nos a um espectacular Stupa, e provavelmente às vistas mais deslumbrantes do Algarve.

Lama Kunzang Dzong fundou a comunidade em 1982 em 2008 construiu e consagrou o Stupa (significando ‘monte’) com cinco metros de altura. Foi o primeiro a ser construído em Portugal e marca o ponto mais alto da serra, com vista por todo o Algarve e o Oceano Atlântico. Deste ponto, é quase sempre possível ver o por do sol e o nascer da lua. Enquanto fizer isso, respire fundo; diz-se que aqui se respira o ar mais limpo do mundo.

Um pouco depois do Stupa, um antigo moinho foi convertido em um templo onde a comunidade se reúne todos os dias em oração. Um pouco mais de uma dúzia de casas e duas oficinas dão por terminado o complexo.

Na fé budista, o Stupa é simbólico do potencial que todos temos em atingir a ‘iluminação’: consideramos todos os britânicos que escolherem viver no Algarve como ‘iluminados’. Milhares de orações, relíquias sagradas e outras ofertas estão guardadas no Stupa. Os budistas acreditam que o santuário é uma fonte de energia positiva que promove a saúde, bem-estar e prosperidade. Quer seja crente ou não, não pode negar que este local transmite uma sensação de bem-estar.

Viver em Salir

Salir é um excelente sítio onde viver se gosta da tranquilidade mas não quer estar muito longe da diversão. Há alguns bares e restaurantes locais na aldeia e Alte fica mesmo ali.

Dentro de meia hora pode se encontrar no centro de Loulé, local para o mais divertido carnaval de estilo brasileiro, do ano em Portugal. Loulé tem várias lojas, bares, restaurantes e mercados também. Em menos de uma hora de carro irá se deparar com uma escolha de belas praias, para não falar da vibração de Vilamoura com a sua marina premiada.

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