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Artigo fornecido por Meravista
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A tradição corticeira do Algarve: as várias aplicações da cortiça
Sabia que?
A cortiça era usada pelos Romanos e pelos Orientais muitos anos antes do nascimento de Cristo? E que foi um inglês que inventou a rolha de cortiça para as garrafas de vinho? Todos os produtores de champanhe de qualidade só usam rolhas de cortiça de Portugal para engarrafar a sua produção, pois para eles a cortiça portuguesa é a que lhes oferece a melhor qualidade.
A História da Cortiça
A cortiça é um produto muito antigo. Atualmente, Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, produzindo o Algarve e algumas regiões do Alentejo a melhor cortiça do mundo. Cinquenta por cento da produção mundial de cortiça é proveniente de Portugal, sendo esta uma das principais exportações do país.
No século XIV, os exploradores portugueses usavam a cortiça na construção dos seus navios, pois uma das propriedades deste material é que não apodrece.
A dada altura, São Brás chegou a ser o centro da produção corticeira no Algarve, tendo 80 fábricas a laborar, mas aos poucos esta indústria foi-se deslocando para o centro de Portugal e, hoje em dia, há apenas 10 fábricas de cortiça na região de São Brás.
Silves costumava ser outra região com grande produção da valiosa cortiça e, até 2010, tinha um excelente museu que mostrava como a cortiça era extraída e transformada antigamente. Este museu foi inaugurando em 1999 e em 2001 ganhou o prestigiado prémio de Melhor Museu da Indústria da Europa. Mas infelizmente viu-se obrigado a fechar as portas. Ainda temos esperança que venha a reabrir ao público, por isso façam figas.
Os sobreiros podem viver 150 a 200 anos, e o clima, as características do solo e os invernos amenos do Algarve proporcionam-lhes as condições ideais para se desenvolverem. A cortiça é extraída da árvore quando esta chega aos 25 anos e, daí para a frente, é extraída de 9 em 9 anos. Este intervalo de tempo é o ideal para a saúde e para o desenvolvimento da casca do sobreiro que dá origem à cortiça. A extração da cortiça faz-se geralmente durante a primavera e os meses de verão.
As várias utilizações da cortiça
A cortiça é utilizada para fazer rolhas, discos, diferentes tipos de boias, palmilhas, folhas para imprimir, filtros de cigarro, tapetes de casa de banho, individuais de mesa, cintas para chapéus, cabos de canas de pesca e diferentes tipos de embalagens. A lã de cortiça é produzida para almofadas e colchões, as aparas ou desperdício de cortiça serve sobretudo como material isolante na construção de barcos, mas também como embalagem protetora para a fruta e os ovos, e ainda para entubar produtos plásticos.
Também há acessórios de moda, como por exemplo sapatos, malas, bolsas, carteiras, chapéus, luvas, caixas para óculos e guarda-chuvas, feitos de cortiça. Esta é uma indústria em desenvolvimento, e há cada vez mais acessórios de moda novos a aparecer nas lojas todos os anos.
Eu própria tenho duas fantásticas malas, uma bolsa para cigarros e outra para o telemóvel feitas deste material surpreendente.
Sempre dispostos a colocar a nossa própria vida em risco para vos dar a história toda, numa escaldante e soalheira tarde de primavera, os investigadores da Meravista atreveram-se a ir até Loulé para visitar uma típica loja de produtos em cortiça. A Loja da Cortiça situada na Rua 5 de Outubro (tel: +351 964 528 620) é um estabelecimento típico com uma boa seleção de produtos, como se vê pelas nossas fotos. E, sim, eles até vendem o chapéu-de-chuva de cortiça.
A cortiça também é usada por muitos dos principais fabricantes da indústria militar, automóvel e espacial. Sendo um material flexível e amigo do ambiente, facilmente reciclável, a cortiça também é utilizada para revestir o chão e as paredes de muitas propriedades do Algarve. Tem grande durabilidade, é de fácil manutenção e fica sempre bonita.